Imunda
pérfida evolução da infecção
deixe-me em paz
será que não vê que estou
a regurgitar ao pus que me deu pra beber
impaciente demônio
espera ao menos a dor passar
para submeter-me ao novo flagelo
não consegue saciar-se
só com os pedaços da minha carne?
Tens que beber também da minha alma?
Escoória da criação
besta maldita,
será que minha lamúria não te entedia
meus gemidos são os mesmo
mas o teu sorriso tens variações infindáveis
numa volúpia indecorosa a minha vil sentença
alienação ou sonho
já não sei mais
tudo se mistura ao sangue
que escorre pelas minhas pernas
só tenho certeza de uma coisa
a cada dia que passa
a dor fica mais latejante!
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